12 setembro 2016

O CÉREBRO DEIXA DE TRABALHAR QUANDO UM HOMEM SE APAIXONA?



De facto quando o homem - HOMEM - se apaixona a sério, parece que todo o mundo, toda a gente, todas as coisas, saltam fora do cérebro, até a refinada racionalidade, o próprio bom senso, e muito mais de que antes não abria mão.

O homem apaixonado perde a concentração no que o envolve ou rodeia para centrar toda a atenção, dedicação, afectos, pensamentos, desejos, para com a mulher que já vemos, lhe tomou não só o coração, mas ele mesmo.

O homem apaixonado morre pela mulher que ama. Faz tudo para proporcionar à sua musa um momento de felicidade, um dia de alegria, uma noite de amor.

O homem apaixonado esquece-se de si mesmo quando pensa, quando olha, quando toca, quando sente a mulher que passa a ser o ponteiro da sua bússola, o seu norte.

Apaixonado assim, naturalmente não é acessível à maioria, ou à grande maioria dos homens, sendo certo, que muitos deles chegam a viver uma vida sem encontrar ou saber o que é o amor.

Este encantamento amoroso raramente sobrevive no tempo, pois é tão intenso, tão grande, tão exigente, tão sofredor, tão belo que acaba por perder a potência por demasiada para um, ou dois corações.

Mas o encontro com esse amor, só esse encontro, já é uma bênção na vida que poucos conheceram.

E, mesmo que venha a explodir, poucas horas depois de ter encontrado a chama, o fogo, as mais incríveis sensações no corpo e na alma, pode deixar um vazio que nunca mais será preenchido, pode conter uma angústia que vai minar o homem no resto da sua vida, pode ser ferida que dói, pode ser caos, mas tema riqueza, e isso vale todas as lágrimas, as saudades, as dores, o sufoco, o desinteresse, o vaguear como perdido pela vida fora, pois este homem teve a felicidade única, sublime, de encontrar o amor.

Levará o resto da vida como uma consequência de ter amado e isso se vai manifestar de qualquer modo, melhor ou pior, intenso ou fraco, com força ou fraqueza, com pouco ou muito ou mesmo nada de interesse. Poderá tornar-se um marginal, viver fora do que todos julgamos normal, mas isso é apenas a consequência de ele ter experimentado algo que tem magia, tem fantasia, tem encantamento, e tudo isso, deixou uma permanente marca que raramente se pode limpar.

E por isso vive de outro jeito, olha o mundo de outro modo, olha os homens com algum afastamento pois sabe que viveu o incompreensível, viveu a maravilhosa dádiva de Deus na sua expressão máxima, entre homem e mulher, e os outros nunca poderão entender, nunca poderão aceitar, nunca vão admitir que a maior parte da vida que se leva é por todas as respeitáveis razões, simpáticas, bonitas, interessantes, mas desprovidas de amor.

Existe lá algo que baralha as pessoas e confundem os sentimentos como se baralham na vida. Confundem o amor, não percebem a amizade, não entendem o que é um só ser munido de dois corpos e duas almas, que se entregou num momento que queriam eterno.

Um momento que queriam que se repetisse sempre igual até ao fim do mundo.

Assim é o HOMEM quando se apaixona a sério por uma mulher.

E por isso mesmo, depois da magia tornada realidade de um amor intenso verdadeiramente vivido, é absolutamente natural que o cérebro, que foi parte intensa nessa alvorada de amor, de entrega, de prazer, perca nesse esforço inumano parte de si, e quando tudo termina, a parte que perdeu a luz provavelmente nunca mais se vai iluminar.


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