04 dezembro 2017

O NATAL ESTÁ EM CADA UM E É ETERNO: O AMOR PURO NÃO TEM CALENDÁRIO





Eu fui a Fátima e comprei lá um Presépio de uma só peça. Ele está na minha sala em lugar de destaque todo o ano. 

Para mim o Natal é quase que a redução do amor sem limites a uma encenação comercial, e a uma lavagem rápida de consciências. 

Eu não tenho nada de santo, pelo contrário, na minha atribulada vida fui muitíssimo imperfeito e cometi muitos erros. Com a idade fui percebendo, entendendo, e arrependi-me. Foi um processo. 

Hoje não tenho raivas nem rancores, nem aos meus inimigos. E os tenho poderosos e em bom número. 

Estão nas minhas orações. 

Creio que o homem se desviou do caminho e Cristo ensinou tudo, deu tudo, para que o homem na terra encontrasse a felicidade. 

A terra não teria nunca de ser o vale de lágrimas nem um local de sofrimento. 

Deus é amor, é perdão é dar-mo-nos aos outros. Com amor, não haveria guerras, fome, pobreza, violências, a maior parte das doenças... 

Mas o homem preferiu dedicar-se a outros interesses. 

Nós temos Deus em nós. Cristo se deu e fez-se homem. Eu o amo profundamente, e deploro como a inteligência e o livre arbítrio afastaram o homem da racionalidade e de ser feliz. 

Mais grave ainda, além de andarmos há milénios a destruir-nos, uns contra os outros, sem qualquer justificação aceitável, ainda nos damos ao aberrante sacrilégio de destruirmos com as nossas civilizações e vaidades, a Terra, o lugar maravilhoso, lindo, onde Deus nos veio dizer através de Cristo onde poderíamos ser felizes em liberdade, harmonia e paz. 

A terra, a mãe Gaia está moribunda, em agonia. 

Natal é sempre que o amor está. Eu amo, sinto o amor, por isso estou cada vez mais longe dos homens e mais próximo de mim e dos animais. 

Cada dia que durar gostaria de dar-me aos meus três pilares; amor, justiça e paz. 

Os homens mataram Cristo, hoje o matariam de novo, e eu sendo apenas uma simples pessoa um pouco diferente - talvez idealista ou irrealista -, imperfeita, luto com empenho e teimosia pelos sonhos e ideias que acalento. 

Os meus inimigos não entendem. Procuram perder-me. 

Acho que não têm culpa, e cada vez compreendo melhor a expressão maravilhosa de Jesus "Pai, perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem". 

Um dia, talvez muito em breve, deixarei de andar aqui. Já vivo na mais completa solidão e abandonado pelos que mais amava. Acho que quando deixar de estar por aqui, estarei onde Deus quiser e a sua vontade será feita. 

Vivo à espera desse dia. Sereno, vivo o que terei de viver e irei no tempo certo... 

Tenho pena. O mundo podia ser diferente. Os homens podiam dar-se todos e plenamente. Podiamos desconhecer as guerras, as violências, a pobreza, e tantas aberrações que a nossa racionalidade manteve e alimentou.

Todos nós somos culpados da destruição e da violência. E podiamos ser felizes. Uns e os outros. Todos....

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