Muito se tem falado desde que o homem questiona a vida sobre a felicidade. Creio mesmo que é uma das questões centrais do pensamento filosófico. O que é preciso para ser feliz? O que o homem tem de fazer para encontrar a felicidade? A filosofia coloca dúvidas e levanta reflexões. Não conhece certezas para as grandes interrogações que vai colocando há milhares de anos. E, como tudo muda, o pensamento vai encontrando com o tempo, respostas diferentes para a vida boa que todo o homem deseja alcançar. O presente tem a duração de o queimar de um fósforo, acendeu, é passado, apagar é futuro. A felicidade de hoje não corresponde à felicidade mitológica, ou dos pensadores que antecederam a filosofia, ou do início daquela ciência do conhecimento e do saber, ou dos Santos Domingos e Tomás de Aquino que com hábil sabedoria conseguiram conciliar o pensamento aristotélico e os ensinamentos de Cristo, a tantos outros racionalistas, idealistas, humanistas, existencialistas, cépticos e modernos. A felicidade é o maior enigma e o tema que mais tem feito pensar os homens. O que faz um feliz, pode não dar alegria a outro. A missão é diferente para cada qual. Os frutos colhidos possuem valores distintos. Ciência ou não, definida ou não, o que torna a felicidade uma luz na vida do homem, é encontrar um momento, um instante, na nossa vida em que queremos que esse espaço de tempo não termine nunca. Encontrado esse instante, podemos garantir que encontrámos a felicidade. E, não a queremos perder de jeito nenhum. Talvez muitos momentos de felicidade consigam edificar uma existência feliz. Mas pode ser no último pensamento da nossa vida que seja perceptível a ideia que a vida valeu a pena. Aí, independentemente de todas as vicissitudes e acontecimentos do passado, será o balanço final a responder por uma passagem pelo mundo. Todos queremos ser felizes podia ser o remete final, e podíamos arriscar determinar como certeza inabalável. Mas mesmo aí, um céptico pode alegar que existem pessoas que parecem encontrar a realização no infortúnio, e na vitimização encontram enigmáticas alegrias e justificações. Certezas? No mundo e na vida? Eu não tenho, se alguma vez tive fui um tolo grosseiro, e se tiver discernimento vou continuar a ter. Mas, eu quero ser feliz, e tenho minha ideia de felicidade. Já tive outras antes, será que vou ter alguma nova no futuro?
18 fevereiro 2017
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