07 maio 2016

O TEMPO E O HOMEM


O TEMPO NO HOMEM

O HOMEM NO TEMPO





O homem, modestamente comparado é como o tempo. Quando está feliz qualquer um se apercebe que aquele ser irradia bem estar, serenidade, amor. O tempo quando está em seu esplendor revela-nos um céu azul de um azul forte, um azul nada tímido, uma azul que parece querer nos abraçar. E nessa mancha colorida, apresenta-se o astro rei, o Sol, pujante, elegante, valente, enviando raios poderosos de luz e calor. Homem e Tempo se harmonizam pois quando manifestam a todos as suas poderosas expressões de ser e estar, se mostram fortes e confiantes, mostram que existe alegria, beleza, e sente-se como nunca a felicidade da liberdade, de correr, de saltar, de olhar o mundo e de nos vermos também. Sentimos atracção, pela vida, pela obra criadora de Deus, pelo Sol doirado polvilhando a terra de raios de ouro, e por nós mesmos.

Quando o homem não tem alegria na sua alma, sua luz interior murcha, torna-se trémula e ínfima chama, mortiça, e não tem qualquer modo de vir de encontro ao seu exterior, queda-se trémulo, vazio, oco, Em seu redor impõe-se uma melancolia e algo que se esconde, que se oculta. Do mesmo modo acontece com o tempo quando está revelando temporal, mau tempo, escuridão. Olhamos o céu e vemos uma coloração próxima do luto, tudo escuro, tudo negrume, buscamos o nosso alento em cada dia, o Sol, mas ele simplesmente desapareceu, não envia nem luz nem calor, Homem e tempo se manifestam parceiros de infortúnio. Cada um para seu lado carpindo suas mágoas, revelando silêncios e tristezas, uma falta de vida, de luta, de vontade de vencer, de explodir, quedando como que escravizado, quebrado, enfermo, sem alma. Olhar um homem triste, ou só, é o mesmo que olhar um dia de nevoeiro, até imaginamos e estamos seguros que existe algo mais para além de uns olhos mortiços, sem brilho, mas não conseguimos vislumbrar nada. É um dia de chuva semeado de lágrimas. É um dia de frio e de nuvens carregadas em que o homem recolhe, fecha suas janelas ao mundo, aos outros, e fica inerte, se enroscando em si, procurando um calor que não tem.

Que venham dias de SOL... e vamos ver muitos rostos fechados se abrirem num sorriso. O tempo é como o homem, precisa de Sol, e o homem precisa ser feliz.






fotos by Pedro Alcobia da Cruz

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