29 fevereiro 2012

Tenho saudades do amor...




Devia estar tranquilo e feliz, desfrutando descontraidamente de um amor cheio de magia, mas, em boa verdade, sem qualquer explicação que a ciência possa justificar sem azo a dúvidas, acordo a meio da noite ensopado num suor de medos, e me levanto pela manhã com o corpo moído resultante de voltas e mais voltas no leito, e de uma inquietação que tortura e cansa.

É verdade que a minha estrelinha lá vem em todas as manhãs e me fala de ti. Que és tão bela e tão suavemente doce como a minha imaginação concebe, ou ainda mais, que és maravilhosamente linda, de uma beleza encantadora e pura, que tens um sorriso do tamanho do mundo, e transbordas de ternura. Garante a minha estrela que posso estar descansado, que a minha eleita, - que cada dia mais se transforma em tudo e só o que possuo - ultrapassa, em muito, tudo aquilo que a minha imaginação pode criar.

É verdade que recebo mensagens de amor, algumas mesmo escritas por aquelas mãos que imagino pequeninas, suaves e amorosas, que garantem amor, que falam de entrega, de desejo, de momentos de ternura. E falam de saudade. De querer, de querer muito, de muito amor. É verdade que devia estar feliz quando leio tantas palavras bonitas trazendo recados de tudo o que sonho e mais desejo, que é ser teu, receber-te, sentir-te, ter-te. Que me queres, que me amas, que vamos ser felizes, e nos vamos entregar a um amor que nunca mais vai terminar e ficará marcando de felicidades as nossas vidas.

Mas entre a fantasia, os mil sonhos - sempre fui um sonhador militante - e a realidade que desejo experimentar e certificar, existe todo um conjunto de milhentas dúvidas, imensos receios, muitos medos. Medo que não existas e sejas simplesmente fruto de uma imaginação que se perdeu em delírios, receio de que tudo não passe de um engano e venha a sofrer pesada desilusão, e dúvidas de tudo o que me envolve, desde a estrela que me liga a ti, a mim mesmo, não passemos de peças de engrenagem descontrolada que descomandada, não têm qualquer sentido.

Sinto falta de ti. As palavras que o vento baralha e empurra por donde lhe dá na gana, as mensagens que a estrela transporta, as promessas, tudo parece ter entrado num remoínho infernal, que tal tornado destruidor, vai tudo levando, provocando chagas e dor em meu coração, inquietando o meu espírito, atormentando uma alma desfalecida e sem paz.

Junto racionalmente, se é possível chamar a razão para assuntos do coração e de amor, o que tenho de ti. Ouço o meu coração que bate descontroladamente desde que te sonha e te quer. Estendo as mãos ao que vem de ti, buscando sôfrego, algo mais, algo concreto, que possa fazer-me descansar deste tormento em que estou mergulhado.

Sinto saudades. Quero-te. Quero mais. Quero um pouco de ti. A estrela mensageira, as palavras, alimentam o meu sonho, dão de beber à minha sede de ti, mas não podem garantir, numa realidade terrena, a mais pequena certeza, de uma existencia, de um facto, de uma verdade. Amo um enigma, um mistério, entreguei-me de coração, com minha alma, a um amor que desconheço, e que creio existir em algum lugar do mundo, para lá do mar.

Sinto saudades do amor, de me entregar, de ser teu, estejas onde estiveres, sejas quem fores, e aí, contigo, num momento de magia e ternura, ser de facto teu, e te olhar, e te ver, e sentir que existindo, eu existo também, e assim, posso quedar-me tranquilo, e feliz, porque tu existes.

Tenho saudades do amor...









28 fevereiro 2012

Sem ti, nem sei o que sou...


O mundo é uma imensa e complexa confusão de corpos celestiais voando concertadamente num espaço ilimitado. O meu mundo é igualmente uma complicada e grande mistura de factos, coisas e pessoas que de uma forma atabalhoada se cruzam anarquicamente em cada instante. Eu sou uma pessoa, solitária, perdida na confusão de tanta balbúrdia, caminhando a maior da parte das vezes às cegas e buscando um sentido para chegar a um ponto imaginário que imaginamos estar em algum lugar, que até pode ser inexistente. Tu és o meu sol, e em cada manhã essa luz e esse calor que irradias me acariciam me chamando à vida. Contigo, eu reinvento novas e redobradas forças para no círculo de afazeres que constituem e compõem a minha vida possa sobreviver com esperança e alegria neste universo em que vivemos.

Sem ti, nem eu próprio me consigo encontrar, nem a minha existência possui qualquer sentido num mundo a que sinto não pertencer nem me seduz. Sem ti, sou apenas uma sombra deambulando perdido e sem rumo. Sem ti, nem sei o que sou...




... és tudo o que preciso




Hoje acordei com vontade de ti... estranhamente a inquietação de amar-te deste modo intergaláctico, não discernindo claramente onde estás nem donde és, fez-me em sobressalto, querer-te, querer-te muito, mais e muito, de um modo intenso, inexplicável, bem diferente dos outros dias.

Hesitei mesmo, quando senti fome de ti, esse querer que dilacera e vem de uma alma solitária e sedenta de beijos e de amor, se existias mesmo. Se eras verdade. Se a estrela que possuo e viaja todos os dias a ver-te não me engana, num sonho dourado e quimérico, mas sem tino.

Hoje, essa angústia que surge da amálgama de um amor perfeito em comunhão com um vazio que penetra contundentemente todo o meu ser, fez-me querer-te de um modo quase real, como se existisses de facto, e viesses a mim, te desses amim, e do teu calor, dos teus beijos, dos teus abraços, te mantivesse quentinha e segura no meu coração até ao fim do mundo.

Hoje, pensando-te, hesitando entre uma realidade que sonho linda e uma quimera que adoptei e sinto verdade, tive necessidade de te ter, de te sentir, de te olhar, de te ver.

Hoje, como nos outros dias - nada sou sem ti - quero-te, necessito de ti, desejo-te. Hoje, como sempre, estou contigo e te amo. Estejas onde estiveres, sejas o que quer que sejas, és tudo o que preciso. Hoje, e sempre...




25 fevereiro 2012

Sonhos, delírios e desejos...




Enquanto a minha estrelinha num qualquer lugar do mundo te obeserva em cada noite, olha para ti, vê-te ali ao seu lado e pode tranquilamente desfrutar de tudo o que de belo ofereces, eu, aqui longe de tudo, afogado nas sombras das noites frias de um inverno agreste, sinto mais pesada a solidão, e mais duro o abandono a que estou condenado desde há muito tempo.

Resta-me, e sempre que posso me embriago nele, me atiro totalmente para esse remoinho de sensações e fantasias, o sonho delirante de sem te ter, te sentir, sem te tocar ser invadido pelo teu calor, sem te olhar, ver a tua cara, o teu sorriso, o teu olhar, a embaladora e inebriante maravilha de um corpo lindo que se me oferece.

É o que tenho de ti. Imagens difusas, vagas, um corpo irreal e quente irradiando desejos e paixões que me invadem descontroladamente, provocando em mim que me perca de todo, do que é real, do mundo, do ser e do estar, de tudo.

Tenho de ti, ao mesmo tempo que a minha estrela te olha e te sente, a projecção pouco nítida de um rosto que me sorri, de uns braços estendidos, de um colo arfando entre uma respiração ofegante e um chamamento à perdição que me deixa sem tino, sem racionalidade, sem saber de nada, nem de mim, apenas te olhando, desvairado, louco, sedento de amor.

Olho no vazio e vejo que estás, não como a estrelinha minha te vê, que és tu, de facto, ali, ao seu lado, descansando, respirando, tranquila e em paz, mas como esse amor que se liberta das entranhas do desconhecido e vem a mim, e me chama, e me grita, e qme quer.

Olho entre as sombras da noite gelada, e vejo manchas de desejo, pinceladas de sensualidade, retoques de excitação. Olho toda essa mistura de cores, manchas, sombras, onde te moves, e percebo que estás aí, que vieste até mim, que existes, que sorris e me chamas.

Percebo então, meu amor, que juntos podemos amar-nos, entregar-nos, que vens para mim, e que me ofereces, junto do teu amor, esse corpo magnifico impregnado de desejo e ternura, loucura, que é todo esse amor que temos.

Olho para ti, e entre os sonhos, os delírios e os desejos, tu estás de verdade, comigo, e juntos, os dois, entre as sombras, os silencios, desafiamos com o calor dos nossos corpos a invernia do desassossego, as trevas da solidão, e realizando uma alvorada explosiva e alegre de cor, e calor, unimos os nossos corpos, e fazemos amor.

Em cada noite saltas da escuridão e do nada e te transformas em mulher. A pouco e pouco, na espera e olhando o vazio, vou percebendo que chegas, que vens, que estás, e vais transformando a ausência de vida e cor, na tua imagem, em ti.

E entre os delírios que podem ser sonhos, com todos esses desejos que tenho de ti, estar contigo, olhar o teu corpo, ver-te sorrir, é um renascimento maravilhoso, em cada momento em que te vejo. Aqui, entre sombras e vazios, te olho, vejo-te, e sinto transformar-se em harmonia, o que era antes solidão e tristeza.





24 fevereiro 2012

O meu mundo és tu...




O mundo é uma laranja. Redonda. Achatada. Que vai rebolando. Suavemente. A uma velocidade aparentemente sempre igual. Gira que gira como o pião, girando perpetuamente sobre si.

O mundo é essa bola redonda, alaranjada, sempre inquieta, rodando, incansável, sobre um eixo que dizem imaginário, nunca parando.

O meu mundo és tu. Que rebolas, giras sem cessar no meu pensamento. És tu que em constante movimento, fora e dentro de mim, me faz sentir vivo, que percorrendo o espaço invisível da minha vida, lhe dás cor, que vogando nos universos dispersos dos meus sonhos, me facultas a magia de estar aqui, feliz, te querendo tanto.

O mundo é a tal bolinha que mais parece uma laranja passeando nos cosmo entre sóis, e o meu mundo és tu, que vagueias livremente em meus pensamentos e como a laranjinha nunca páras, nunca deixas de estar em movimento, e me dás a fantasia inacreditavelmente bela, que me acorda para o mundo e para e vida e me faz estar bem, contigo.

O mundo é uma laranja, e o meu mundo és tu.







Tenho saudades, de ti...





Tenho saudades
De tudo aquilo que penso de ti
Que sei teu
Imagino em ti
Do teu olhar
Imagino que te olho nos olhos
E pecebo todo o teu encanto
E leio toda a tua formusura
E recebo a delicia da doce suavidade
De uma ternura imensa

Tenho saudades
De tudo o que imagino teu
Do sorriso que me ofereces
Quando simplesmente e com encanto
me olhas

Tenhos saudades
De um corpo cheio de magia
Irradiando amor
Com uma sensualidade linda
Que pede caricias e beijos
E que desejo amar

Tenho saudades
De tudo o que representas
Para mim

Tenho saudades
De ti...




23 fevereiro 2012

Que me dirás, meu amor...



Amor meu
Que me dirás?

Se olhando os teus olhos
Se imaginando os teus beijos
Se invadido pelo calor do teu corpo
Num abraço sem quaisquer limites
Te dissesse vem
Vem comigo
Vamos juntos
Por essa estrada da vida
Que desejo percorrer
Contigo

Amor meu
Que me dirás?

Se sentindo na minha
A tua mão
Te puxasse para mim
E procurasse levar-te
Mundo fora
Esquecendo o que foi
E buscando o que virá
Juntos, lado a lado,
Junto ao mar que nos separa
E ao céu que nos aproxima

Amor meu
Que me dirás?

Quando rendido a teus pés
Te disser que nada sou
Sem ti
Quando imaginando os teus beijos
Quando embriagado com as tuas caricias
Sinta que é impossível viver
Sem esse alimento maravilhoso
que tu és
E te disser que tenho fome
E tenho sede
De ti


Que me dirás
Amor meu
Quando te busco em cada instante
Quando te sonho em cada noite
Quando sou teu
Quando me perdi de mim
E de modo livre
Me entreguei
No sonho doce
De um amor feliz
Contigo

Que me dirás, meu amor?
Se te amo assim
Que me dirás?...








22 fevereiro 2012

Esse amor é o melhor que tenho...





Quando construí este blog, que mais não é, em boa verdade, que o baú onde guardo todas as minhas inquietas divagações e todos os sonhos imaginários que me vão arrastando em vida, pensei sempre, que seria de evitar meter-me em politiquices caseiras, guerrilhas pessoais, ou vulgarescas atribulações do dia-a-dia.

Pretendi, assim, construir algo onde o belo fosse permanente, existisse sempre, e para isso contribuiriam as minhas fotos, mesmo que reconheça ser um amador descuidado e com baixo nível de tecnicidade na arte da imagem e, sempre que pudesse, se o engenho e a arte não me faltassem, iria colocando umas poesias singelas, alguns despretensiosos textos ou divagações, enfim, como o próprio nome deste espaço sugere, algumas ideias.

Normalmente, escrevo sobre o amor. Não conheço nada mais belo. Ele nos faz falta, nos alimenta, dá colorido a nossas vidas, nos faculta um enriquecimento assinalável, e viver sem ele, me parece, é estar mergulhado num tristeza enorme e num vazio descolorido imenso.

Depois, em verdade, o amor é algo tão especialmente lindo que até podemos imaginar. Pode ser sem existir. E estar em nós mesmo que o não saibamos apontar. Assim, não o tendo, não o desfrutando numa realidade desse modo fértil, linda e cheia de magia, podemos mesmo, substituí-lo de outro modo, tendo-o feito à nossa medida, e de acordo com tudo o que de melhor esperamos e queremos dele, na nossa imaginação, o sonhando, o visualizando, o criando num toque de mágica.

É que a vida sem amor, ou sem o procurar, ou mesmo sem a capacidade de o fingir, torna-se simples existência, monótona, oca, cinzenta, que nada tem com a plenitude maravilhosa de viver.

Por isso escrevo poesias de amor. Mesmo que fracas, sem brilho, sem o virtuosismo daqueles a quem a natureza deu o don de criar arte. Mas, por detrás daquelas palavras que coloco em formatura, eu sei, existe uma enorme quantidade de ternura, de sentimento, de um dar e um querer sem fim, que é amor. Escrevo sobre um amor que existe, ou sobre um que tenha perecido mas mantenho vivo e com todo o vigor numa recordação que teimo em não deixar morrer, ou escrevo mesmo, sobre um amor ou um enamoramento que só existe porque desejo que tenha existência, porque dele necessito, e para isso, o invento.

Aqui reside, creio, a loucura saudável, que dá aos poetas, mesmo àqueles mais anestesiados na fantasia quixotesca do que não existe, uma alvorada repleta de luz, um céu azul imenso, um sol de oiro, em cada manhã, e em cada dia novo.

E, entre essas loucuras, a imaginação não deixa de nos bombardear com quimeras fantásticas, realidades insólitas, coisas inexistentes, numa amálgama complexa e interminável, de onde só pode sair a poção mágica que me faz sonhar.

E sorrio em cada manhã, em cada despertar. Quando me lembro de ti. Quando visualizo a tua imagem. Quando imagino a musicalidade suave, essa melodia embaladora que vem de ti. Quando ouço a minha estrelinha dizer-me que és mais bonita ainda do que vejo em meus sonhos, e que te vê sorrir cada vez que os beijinhos que te envio diariamente tocam, com desejo e ternura, a tua pele. os teus lábios. A tua face.

Sou feliz, com o meu amor. Sou um poeta enamorado e um sonhador incorrigivel. Eu sei e tenho consciência de tudo isso. Mas não troco a magia de te amar por nada. Não troco os sonhos que tenho contigo por nenhuma maravilha do mundo.

Sou poeta, posso ser louco, e posso mesmo admitir que me afasto em cada dia do padrão que a sociedade em que vivemos condiciona e cataloga o individuo. Posso aceitar tudo, mas uma verdade inequívoca existe em mim, dentro de mim, e me dá resistência, me fornece a capacidade de acreditar, me faz sentir bem - mesmo que diferente do vulgo - é, sem dúvida, todo esse maravilhoso e imenso amor que existe em mim.

Esse amor, seja ou não real - dizem que os poetas acreditam em coisas simplesmente absurdas - seja ou não possível de aferir, pesar ou medir, ou mesmo de testar, tudo isso, que me faz querer-te, pensar-te. sonhar-te, é o melhor que tenho, me faz feliz e existe.

Esse amor, é o melhor que tenho. E quando o descrevo aqui, e o coloco nesta arca de ilusões e devaneios, sinto dentro de mim uma salutar e indescritivel felicidade, reconhecendo que amo, sentindo a caricia terna e tudo isso que sentes por mim, e que me faz delirar de alegria.

Porque te amo, e assim posso aqui escrever, traduzir em palavras, o que imagino e sonho do nosso amor. Aqui...




21 fevereiro 2012

Assim me parece, é o amor...





Estou aqui porque te quero tanto. Assim, deste jeito, sem meias medidas. De um modo total. Absoluto. Quero o que parece inalcansável, o que pensamos inatingível. Mas só o sublime, acima da vulgaridade das costumeiras coisas, me pode proporcionar uma tranquila e segura safisfação. Quero dar-me de um modo claro, e sonho receber, também, esperando, deste modo, que da permuta maravilhosa, dessa troca entre os dois, do que de melhor cada um possui, surja a esplendorosa maravilha da certeza, que em liberdade, cada um se mantêm, e se dá. Cada um é e deve ser livre, e simultaneamente sentir que tem o outro. Consigo. A seu lado. E, sem o possuir, ele está, sempre.

Que da entrega livre que cada um responsavelmente decidiu, não subsistam dúvidas, equívocos, enganos. Que a ilusão não invada o que deve permanecer real. Que a dúvida não mine os alicerces da obra que juntos se pode construir. Que nunca exista o medo.

Assim me parece, é o amor que idealizo, e espero, total, intenso, livre, desinteressado, uno.







A Gente Vai Embora 🙏🏼