08 janeiro 2012

Escrevo-te princesinha dos meus sonhos...




Escrevo-te princesinha de meus sonhos!

Em cada noite todo esse imaginário se instala em mim, que louco, creio acreditar que possuo a felicidade imensa de ter estrelinhas amestradas que me fazem recados, que brilham para alumiar meus delírios, e espalham em voos surpreendentes de audácia e risco os meus mais secretos desejos.

Escrevo-te, porque não sou livre, e dependo em cada manhã do que me trás a estrela minha, do que me diz de ti, de tudo o que viu e sentiu quando, para inveja minha, te olha, todas as noites.

Estou feliz. Sinto-me bem. Tive noticias tuas logo pela manhã. Sei que és linda. Que quando dormes pareces um anjo em paz, pareces que sonhas algo imensamente maravilhoso, já que sorris encantada e imersa num fantástico imenso. És muito bonita. Muito suave. Tranquila. Tudo em teu redor é calmaria e harmonia e paz.

Como me senti bem, ao acordar hoje, pela manhã, e a minha estrelinha entre piruetas felizes e cambalhotas divertidas me segredou ao ouvido: "Pedro, como é linda a tua princesinha". E me falou de ti, da sua viagem entre estrelinhas no céu, muitas vezes rasando as ondas do mar, para olhar-te, segredar-te ao ouvido, coisas de ternura, de encantamento, belas, que sinto dentro de mim quando te penso. E me disse como estiveste sorridente, calma mas feliz, parecias, quando o beijinho meu que lhe mandei dar-te, pulou nos ares, e com enorme suavidade, foi pousar nos teus lábios.

Estou feliz, dizem que tudo isto é devaneio de gente meio louca, e de velhos tontos, de poetas meio gastos que ninguém lê. Dizem tudo isso. E, em boa verdade, compreendo que é preciso muito de magia, é preciso estar louco, para crer numa estrelinha reluzente e voadora, que transporta beijos, que olha gente, que transporta notícias de amor. Mas creio. Creio sobretudo que existes, que estás, estás muito longe, do outro lado do mar e do mundo. Mas ali, nesse pedaço de terra bendita que pisas, não podes ser mais que a minha princesita linda, a quem tanto desejo querer. Ali, debaixo do mesmo céu que nos dá luzinhas de sonho e imaginação, em cada noite, tu estás... e mesmo que me fujas, mesmo que te afastes, mesmo que não me queiras, é aí, onde me rejeitas, que a minha estrelinha de mil cores, te vai olhar, todos os dias, quando o silencio do crepúsculo esconde o que a minha alma sente. A minha estrelinha vai, incansável, feliz, sonhadora, faiscando, brilhando, explodindo cores mil, em busca do encanto, daquilo, que nas histórias de amor, e entre enamorados, é crível.

Olhar o amor, a ilusão, o querer, tudo isso que nem o espaço, nem o tempo, ainda foram capazes de destruir. A estrelinha, apesar de tudo, ao cair da noite levanta rumo a esse canto do mundo, e voa alegre, para te olhar uma vez mais... Enquanto a porta se mantiver aberta, ela entra, se delicia, e volta, cumprida missão a partilhar tudo de belo que lhe transmites. E ficamos felizes. Todos.

Quando a minha estrelinha não puder entrar... se isso algum dia acontecer. Será o fim de tudo. E com esse tudo que desaparece, acabará o sonho. E eu deixarei de ter o pensamento e a vida, e a estrelinha o rumo, do outro lado do mar. Um dia… se o sonho terminar…





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