27 fevereiro 2011

E se de repente a quiser amar?



e se de repente lhe pedirem um beijo
lhe disserem que a desejam
(mesmo sem a conhecer)
que lhe querem fazer caricias
sentir seu calor olhar seu corpo

se de repente, lhe disserem
te amo amor
te quero
entregue-se a mim
que eu não posso fazê-lo por ninguém
pela simples razão que já sou seu
em sonhos
em delírios
em noites sem dormir
em chamas que devoram cá dentro
em tudo
que sou eu
e hé em mim

e se de repente lhe oferecerem tudo
partindo de um nada
de um vazio
lhe disserem
sem seu calor
não há vida
sem seu olhar não há esperança
sem sua ternura só a escuridão
de um qualquer catapultado
quadradinho tão escuro
como o negro mais negro

e se de repente lhe disserem
quero amá-la, a sua imagem
o que representa
os seus olhos, os seus beijos
acariciá-la a olhando
sentindo sua sensualidade
perdendo-me nos seus seios
na sua pele
na entrega
num querer que devora

e se de repente a quiser amar?



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