16 setembro 2010

Deixa-me tocar-te...


Deixa, deixa-me que te toque
Como se de sentir-te pudesse interiorizar
A explosão incomensurável de uma impressão
Com os dados e medidas, de um sonho
Daquilo que foi e é o amor que te tenho



Deixa-me tocar-te, ao de leve, levezinho
E sentir uma nova vida a reconquistar este espaço
Que tem jazido, petrificado, entre pedras e escuros,
Como se a chama, brilhante, quente, sedutora,
Fosse ela mesma, o que vem de ti, ao tocar-te.



Deixa tocar-te, sem mesmo te tocar
Mas imaginando que a tua pele alva e sedosa foi minha
Por instantes imperceptíveis, mas reais
Que o que dentro de ti corre veloz em mil direcções
Tocou e entrou em mim, em miraculosos sais



Deixa que sinta a existência desse momento mágico
De um amor que teimoso se deixou ficar, firme, meio louco
Ébrio em volteios e piruetas de musicais delirantes, nos céus,
Nos sonhos, em quimeras, e que desperta, felizmente, vivo,
Forte, intenso, como sempre foi, nosso… quando te toco.





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