01 novembro 2010
O lugar de Deus
26 outubro 2010
Fui ver o mar num dia cinzento e frio
Muitas vezes precisamos fugir ao quotidiano que nos traga, enquanto conjunto de rotinas e de realidades, para que uma nova brisa nos dê novo alento, e seja possível voltar à turbulência de mais um punhado de dias que afinal compõem, para o bem ou para o mal, a nossa vida.
14 outubro 2010
Existem dias assim...
Existem dias assim, em que estar só, é simplesmente o vazio, que não se pretende nem sabe explicar, mas é tudo isso que nos causa muitas vezes repulsa, como o frio, a escuridão, as sombras. Baralha-se tudo, numa amálgama de muitos nadas polvilhados de estranhos sussurros, de coisitas sem jeito que sem graça nos devoram a alma, que nesses momentos teima em enclausurar-se, auto-mutilar-se, em esgares sem termo num lugar sem fim.
Existem dias sombrios em que mesmo que incapazes de provar - a ciência ainda apresenta as suas debilidades, levantando aos céus a imensidão de uma ignorância cada vez maior - sentimos. Não temos como afirmar, dizer, defender o que curiosamente é-nos distinto, cá dentro, nessa manchinha minúscula que pulsa desordenadamente e a quem devemos tudo. O existir, o sentir destes dias, o passar do tempo, as cores, os movimentos, os desejos e muitas vezes envoltos na malícia de um querer que se esconde, os próprios sonhos.
Nos dias frios e escuros, sem luz, a alma exausta, envolta num esforço imenso de se assumir por igual aos demais dias, deixa-se, queda-se, sem que se sinta que está. Parece que partiu, que levantou asas e buscou para lá das nuvens a carícia suave que se adivinha de um sol que tudo seduz.
Nesses dias sem sol, envoltos na neblina de uma solidão maior, sentimos mais pesado o fardo de seguir viagem, seja ela a rotineira passeata diária ou a peregrinação da nossa vida, rumo a um desconhecido que nos chama, e nem mesmo a secura que possuímos e que nos impele a beijar em flor, mesmo indistinta, sem cheiro ou sabor, mas que quimericamente imaginamos num mundo onde já existe alguém, consegue impulsionar este corpo pesado, teimosamente atado às sombras envolventes.
Sabemos que existem flores adornando paisagens sem fim, e que o sol, se por aqui não se mostra é porque cheio de energia veraneia por outras paragens, e a luz dele, e da lua, sem esquecer a de milhentos milhões de campos de estrelas,foram colocados para nosso deleite por um Deus que sempre desejou valer-nos nas horas de maior infortúnio, e cuida de nós. Está ao nosso lado. Connosco.
Sabemos que nos dias cinzentos e gélidos aconselha-se em jeito de compensação um pouco de luz, uma lufada serena e tépida de esperança, alguém.
Existem dias assim, dias sombrios, frios, em que a nossa alma viajou para longe, os nossos amigos parecem não existir, o coração bate devagar, sem pressa de chegar a lado nenhum, e não buscamos ninguém à nossa beira. Estamos sós. Ele existem dias assim, sós.
in Pedro Alcobia da Cruz (2010-10-04)
17 setembro 2010
Tenho para dar-te, um milhão de flores
Tenho para dar-te um ramo com um milhão de flores
16 setembro 2010
Deixa-me tocar-te...
Deixa, deixa-me que te toque
Como se de sentir-te pudesse interiorizar
A explosão incomensurável de uma impressão
Com os dados e medidas, de um sonho
Daquilo que foi e é o amor que te tenho
Deixa-me tocar-te, ao de leve, levezinho
E sentir uma nova vida a reconquistar este espaço
Que tem jazido, petrificado, entre pedras e escuros,
Como se a chama, brilhante, quente, sedutora,
Fosse ela mesma, o que vem de ti, ao tocar-te.
Deixa tocar-te, sem mesmo te tocar
Mas imaginando que a tua pele alva e sedosa foi minha
Por instantes imperceptíveis, mas reais
Que o que dentro de ti corre veloz em mil direcções
Tocou e entrou em mim, em miraculosos sais
Deixa que sinta a existência desse momento mágico
De um amor que teimoso se deixou ficar, firme, meio louco
Ébrio em volteios e piruetas de musicais delirantes, nos céus,
Nos sonhos, em quimeras, e que desperta, felizmente, vivo,
Forte, intenso, como sempre foi, nosso… quando te toco.
30 agosto 2010
Uma olhadela a... SINTRA (Portugal)
Sintra é um desses lugares. Tudo existe ali, porque é de lá, ou lá foi colocado, ou ali, simplesmente, acabou por se impor aos demais.
Lord Byron esse gigantesco poeta inglês - que se apaixonou por Sintra - disse um dia que aquele lugar encantado seria, sem dúvida, um dos lugares mais bonitos do mundo.
Outros perderem-se de amores por aquelas serras, esse denso arvoredo verdejante, aquelas matas frondosas, e ali construiram verdadeiros monumentos a uma paz que se respira, a uma natureza sempre pródiga, a um manto de tranquila e sem fim beleza.
Nós, tocados por tanto encanto, resta-nos olhar toda essa magia, percorrer ávidos esses recantos, e agradecer a Deus e aos homens tanta coisa linda ali posta para nosso deleite.
Sintra é tudo isso... magia, cor, natureza, paz e encanto. E muito mais.
29 agosto 2010
Cores nas flores, alegria na cidade, nas gentes
Cores nas flores, alegria na cidade, nas gentes
Passo por ali e olho, que saudades tinha
De te olhar assim bela, fresca, entregue aos teus
A cidade está simpática, vestiu-se feliz
Recebe bem, olha por e para nós
É alegre, vistosa, estende os braços
Convida ao passeio de mão dada
A cidade é linda, é minha, de nós
Recebe-me desde sempre e continua ali
Sempre e em cada dia, mais colorida
Mais entregue aos seus que passam
A minha cidade
14 agosto 2010
25 abril 2010
Flores para um Abril distante...
23 abril 2010
21 abril 2010
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Matei o meu sonho Aconteceu ter tido um sonho muito belo Nasceu, pulou fora, ganhou corpo e viveu Como enfim, todas as existentes coisas Um ...
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