01 junho 2009

Guardo o meu amor, ali, no meu castelo





Ali, … no meio de um fantástico rio
Entre águas que se agitam deslizando
Vindas de fontanário encantado de jardim real
Ergue-se, virulento, apaixonado e forte
A casa fortificada do amor que teima resistir

Ali, … debaixo do olhar atónito dos deuses
Entre rochedos ferozes salpicados de verdura
Entre águas protestantes, vindas de longe
O amor buscou a eternidade de permanecer
Um caminho sem fim, duradouro, sem morte

Ali, … desafiando ventos e tempestades
Que invejas e pequenez por todo lado semeiam
Junto ao mau-olhado dos que sempre matam
O amor, lábios nos olhos, mãos nas mãos, abraço,
Vive, arredado da essência do mundo, no castelo

Nesse castelo solitário, desse reino mágico
Resiste, teima, o sonho, e a ilusão, de sempre amar
Vive a paixão, a entrega e o desejo, em cada ameia
Olhando das alturas das suas pedras, os perigos
Pertinho dos céus, resistindo aos tempos

Ali, no castelo da magia, num lugar inexistente
Perdidos de tudo, entre mundos desconhecidos
Longe da realidade de verdades assentes em ar
Longe do sol, das aves, dos tormentos ocos
Ali, nesse baluarte de um encanto sem fim…

… A minha ilusão resiste, e vive, e eu nela,
Nesse meu reino de cavaleiros e conquistas
De bandeiras desfraldadas ao vento e de batalhas
Pela princesinha de olhos da cor do mar
Que vive comigo, esse amor, no meu castelo






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