02 abril 2009

Estrelinha explosiva



Um dia o mundo explodiu e a sede que foi pátria e mãe de todos os corpos celestes, foi catapultada em milhentas direcções. Desse fenómeno magnífico envolto em luz e cor, movimento e sons brutais, veio a resultar um mundo novo, com sistemas mais ou menos complexos, com renovados equilibrios, com toda uma complexidade que garantia uma quase perfeição.

À volta do sol agruparam-se alguns corpinhos celestes, e claro, de tudo isso têm conhecimento, a Terra, tornou-se refém, da luz, girando meio embriagada num ritmo sempre igualinho, sem descanso.

Nesse pedaço de mundo antigo, viviam animais, cresciam plantas, corria água, pura e cristalina, dando energia e vida a um paraíso sem fim.

Depois veio o Adão, depois de uma costela daquele, dizem, veio a Eva... Não foram felizes para sempre porque um velho de longas barbas brancas, lhes interditou comer de uma macieira. Fruto esse, que como natural, passou a ser o mais desejado.

Depois um certo diabo vestiu-se de serpente e tentou a Eva. Falinhas mansas, que comessem, que... e mais que. Ciosa de experimentar coisas novas e belas, foi um instante enquanto passou essa ânsis ao Adão, que mais para ser bacano do que por apetite, arrancou a boa da maçã - dizem sem bicho - e assim, desafiando o vererdicto divino, a comeram.

Depois tudo mudou. O velho deus, à milhões de anos à frente do universo, irritou-se, desesperou da sua obra, castigou, os que pecaram e a boa da serpente, que passou a deslocar-se rastejando no solo.

Foi uma explosão que deu conta de tudo, de um mundo que foi e de muitos mundos que vieram. Com estrelinha.

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