23 março 2009

TOMAR, cidade portuguesa dos Cavaleiros do Templo (Templários)



Não é possível ignorar a importância da cidade de Tomar num contexto histórico que assumiu destaque nos primeiros anos da fundação da nacionalidade portuguesa.

Em 1147, D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, conquistou a região de Tomar aos mouros e seguidamente foi doada como feudo à Ordem dos Templários.



Ali se edificou a sede da Ordem dos Cavaleiros do Templo. Essa Ordem religioso-militar possuía na zona sul dos territórios de um Portucale a crescer rumo ao sul, enormes territórios que devia ocupar e defender nomeadamente junto à linha do rio Tejo, onde, possuíam vários castelos (Ceras, Almourol, Belver, Amieira do Tejo…).



Testemunho grandioso desses tempos de constantes guerras e escaramuças com a moirama podem encontrar-se na lindíssima cidade nabantina onde numa colina sobranceira ao casario podemos encontrar, imponente, o Castelo dos Templários. No seu interior encontra-se o Convento de Cristo monumento que foi considerado Património Mundial pela UNESCO em 1984. O castelo que foi construído sob a orientação do Grão-mestre Gualdim Pais corria o ano de 1160 forma com a mística Igreja octogonal Templária e todo o conjunto de edificações que compunham o Convento, um conjunto de enorme monumentalidade, único no seu género.



A oriente foi construída a Alcáçova considerada o coração da fortaleza, com a sua torre de menagem e, o lugar emblemático, cheio de misticismo, a Igreja com a sua forma octogonal, foi construída a Ocidente.

A Ordem do Templo que veio a ser extinta em 1312, veio a dar origem em Portugal a uma nova Ordem religiosa, que veio a receber os imensos e cobiçados bens que os Templários possuíam (e que não terão deixado de ter um peso expressivo na vontade de alguns monarcas europeus em ver o seu fim e, assim, deitar mão a tantas riquezas, e a um poder e influência que não podia ser ignorado na altura). A nova Ordem Religiosa foi criada em 1319, durante o reinado do rei D. Dinis, que foi responsável pelas negociações com a Santa Sé e que soube garantir a integração de pessoas e bens da anterior Ordem templária para a fundada a "Ordem dos Cavaleiros de Cristo”.



Com a Ordem de Cristo a nação portuguesa vai abrir-se para a epopeia das descobertas marítimas. A cidade de Tomar continua, deste modo, a garantir um lugar cimeiro na vida do país, mantendo-se aí a sede da Ordem, e o Infante D. Henrique, um vulto de primordial relevo nas viagens de descoberta de novos mundos, foi o seu mais destacado Mestre.







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