16 março 2009

Perdidos à busca de um qualquer...





... NORTE

É urgente encontrar aquele ponto onde cremos está o calor que nos vai dar alento a uma alma entristecida em labirintos que mais não são que a vida quotidiana sensaborona e com um enorme défice de ideais.

Caminha-se hoje a mais das vezes em compelta desorientação, deprovidos de valores bastantes para motivar, e de alegrias.

Os passos, as mais das vezes envoltos em enganos, não levam a lado nenhum, os olhares não encontram a luz, a sede não aborda águas cristalinas e puras.

É o desenrascanso geral, onde sistemas de desgoverno com assento em intermináveis códigos de condutas, levam as pessoas a perceber que tudo parece armadilhado para que em nome de coisas engraçadas e hilariantes como a democracia e o desenvolvimento, meia dúzia de magos de feira tomaram o poder, e em nome de todos, do bem comum, enchem os bolsos, e hipotecam futuros e sonhos de gerações.

O planeta terra está gravemente enfermo. Os interesses de meia dúzia de grupos económicos com donos inúmeros como as estrelas do céu, num desmiolado regabofe, em proveito de um punhado, vão destruindo o que deveria ser de todos.

Os governos e os estados que deveriam servir de exemplo e dirigir rumo ao futuro e para todos, como quaisquer vilões ou larápios de esquina, banqueteiam-se com os roubos e saques aos que deveriam servir.

A boa ciência e a moral vergam-se às trapaças de meia dúzia de corruptos, que agrupados em bandos organizados disputam o poder em coloridas comédias eleitorais.

O povo esse já nem faz manguitos. Parece adormecido. Sem bem estar, sem importancia, sem qualquer valia, é um número, e pouco mais, nas listas de espera para uma cirurgia, nos números do desemprego, nos que noite fora ao frio dormem ao relento nessas cidades sem alma.

Nunca poderão ser iguais os que naturalmente se apresentam bem distintos. Dizer o contrário é um embuste, outro modo de criar ilusões e preparar nova classe de glutões a enganar, desta vez, iguais. Aqueles que aparentemente apresentam melhores condições para encaminhar, dirigem com os bolsos bem abertos, o seu interesse, arrastando gerações para uma situação de miséria moral e económica gerações.

Perdidos, urge encontrar, num qualquer caminho, o almejado norte. Se ele ainda existe.

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