Sinto-me feliz quando caminho assim, por veredas onde há séculos já passavam pessoas cuidando de suas vidas.
Hoje são lugares solitários, cheios de silencios, e rodeados de uma beleza muitas das vezes emprestando um ar de agreste abandono.
Podemos perder-nos em reflexos dos tempos idos, quando por ali se vivia, se caminhava para ir ao castelo ou à povoação. Quando se dirigiam à missa. Quando rumavam a festarolas...
Quantos olhares se não trocaram por estas veredas medievas? Rapazes e raparigas, que nunca podiam estar sós, sob vigilância apertada, trocariam palavras, olhares e aproveitando as vicissitudes de pedrarias irregulares, tocar-se-ia, em cada curva, ou se perderiam em imaginações.
Também podemos pensar na nossa vida, de hoje, porque ali, estamos entregues a nós mesmos. Com Deus. Com a nossa consciência.
Podem doer-nos os músculos das pernas, sentirmos as gotas da chuvinha miudinha correndo testa abaixo, mas seguimos em busca... de nós mesmos
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